sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

a complicação do amor de um comunista

a peleja do atraso
que traga os homens à solidão
afasta o caso
da compaixão

a insistencia do capital
que derruba paredes
e tolhem o quintal
acaba de desfrutar
de mais um sinal

na infância
são absorvidas
a intolerância
e inconseqüência
enquanto o luxo exarcebado
é ocultado
atrás de um discurso
de benevolência

a semi incapacidade
à dignidade
é atingida antes da maturidade
caracterizando assim
a hereditariedade

não existe o acesso
apenas o desejo
não existe o apreço
apenas o herdeiro

no cume
define-se as vidas
as vidas
sustentam o cume
no cume
apagam-se as mortes
as mortes
refletem a situação

nas gerações passadas
viu-se as futuras
uma vez que suas raízes
são seguras

apontando o topo
percebemos a sombra
que no mais
é alimentada com
gastança

a necessidade da arte
faz-se oculta
uma vez que sua rigidez
é transformada em prostituta

o sexo é vendido nos palcos
e deflagrado nas casas
e de mais uma criança
brota uma herança
que com seu futuro certo
vai desejar a gastança

não passando de um mero desejo
nasce a revolta
percebendo a existencia
de uma corte remota

surge uma arma
que serve como sinal
para que o capital
mais uma vez
promova um novo mal

enquadra a juventude
como os infelizes gados
dizendo ser sua culpa
a inexistência de afagos

escondem do ser
a lei inviolável
de que para mergulhar nos gastos
tem que ser detestável
não no carisma
mas no caráter anti-comunista
não na anarquia
mas na complacência situacionista

acredito no processo de acúlmulo
mas sem idealismo
no que se diz
realismo
acredito que o homem
hoje só quer ser mais um lixo

não crio um mundo só meu
porque nele não saberia viver
é que sem compania
não há possibilidade de harmonia

não fugiria
do sentido da vida
a busca real do exarcebado
que não reflete material
mas sim sentimental
toda uma baboseira
resultado de uma reação
que afeta os homens
com apenas um toque de mão
falo do amor
o sentido da respiração..